Os desafios da Guerra da Ucrânia no comex brasileiro

Os desafios da Guerra da Ucrânia no comex brasileiro

Uma análise de como a Guerra entre Rússia e Ucrânia impacta diretamente as atividades de comércio exterior em território brasileiro

Por Alexandre Gera*

A guerra da Ucrânia com a Rússia não é uma surpresa para todos que acompanham o universo das relações internacionais, porém depois de dois anos de pandemia, o conflito aumenta exponencialmente os riscos das economias globalizadas e, consequentemente, dos mercados.

Além da tragédia humanitária, existem os prejuízos causados pelas sanções econômicas, oscilações nas bolsas de valores de todo o mundo e a queda acentuada da bolsa de valores da Rússia. Para se ter uma ideia, no último dia 24 de fevereiro, quando a Rússia iniciou a invasão à Ucrânia, as bolsas europeias foram afetadas drasticamente, com fortes quedas de mais de 3%.

Em relação ao preço da commodity, os valores têm avançado desde o início dessa crise, uma vez que a Rússia é grande exportadora de petróleo e fornece boa parte do gás natural que sustenta a matriz energética da Europa Ocidental. Com isso, os preços dispararam, de modo que, na máxima do dia, o petróleo foi negociado acima da marca de 105 dólares o barril -- valor que não era alcançado desde 2014.

Como essa crise pode afetar o Brasil?

A resposta é que este cenário impacta na economia brasileira de diversas maneiras, mas a principal delas é o fato de que a Rússia é um dos principais exportadores de insumos para fertilizantes fabricados no Brasil, afetando um dos segmentos mais ricos do país, o agronegócio, e impulsionando as empresas para mais um ciclo de reorganização de cadeias de produção e fornecimento.

As cadeias de produção e fornecimento ainda não se recuperaram dos problemas causados pela pandemia e, agora, enfrentam um cenário em que o frete internacional pode ficar ainda mais caro. Há, também, o fato de que esse fenômeno pode incluir outros desafios, como a oscilação nos preços do petróleo e a inflação. Movimentos de grandes players de comex, como a Maersk e a MSC, que interromperam o fluxo de contêineres com a Rússia, e a retirada de bancos russos do sistema Swift, corroboram as previsões de que 2022 não será um ano nada fácil para o setor.

Previsões para o futuro

As incertezas de uma guerra com potencial nuclear e diplomático, em conjunto com a volatilidade, a incerteza e a complexidade que já se fazem presentes no ecossistema de comércio exterior, redistribui as cartas no jogo, sendo que as empresas mais rápidas, resilientes e estrategicamente alinhadas com um cenário imprevisível, tendem a ter mais sucesso.

Nesse sentido, implementar tecnologias inovadoras que possam acompanhar de forma ágil estas rápidas e imprevisíveis mudanças é a única saída para as empresas que querem ir além do movimento de sobrevivência em um ambiente de guerra.

As tecnologias flexíveis e resilientes que conectam todas as pontas do negócio com informações apuradas e em tempo real criam uma atmosfera única de decisões rápidas e exatas. Trata-se de ferramentas vitais para importadores, exportadores e prestadores de serviços do ecossistema de comex diante de um 2022 que já começou pegando fogo.

*Alexandre Gera é founder e CEO do DigiComex. O executivo conta com mais de 25 anos de experiência no segmento de softwares de comex, incluindo passagens pela Vastera (ex Bergen), Softway (atual Thomson Reuters) e Sonda IT com o aplicativo SAP-CE.

Sobre a DigiComex

Criado em 2020 pela Consultoria Geravalor, que foi fundada em 2016 e é especializada em inovação para comex, o DigiComex é um orquestrador digital e software de gestão para comércio exterior. Contempla soluções como a conexão de todos os tipos de sistemas e arquivos, sejam eles ERPs internos, de clientes, parceiros comerciais ou quaisquer outros para que todas as informações sejam concentradas e convergidas digitalmente em dashboards parametrizáveis, podendo ser exibidos em celulares e tablets. Além disso, possui módulos de gestão, em que são parametrizadas funcionalidades que são interligadas entre si e com os sistemas externos e/ou de terceiros. Com isso, é possível criar um contexto inédito de gestão única e moldada para a realidade e o futuro de cada negócio, atendendo, de maneira rápida, exata e acessível, às demandas voláteis e rápidas do mercado.

Fonte: www.segs.com.br

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