Por que ainda ocorrem lockdowns na China?

Por que ainda ocorrem lockdowns na China?

São frequentes as notícias de que uma ou outra região da China está em lockdown. Mas passados os períodos mais críticos da pandemia de Covid-19, por que o país asiático insiste em bloquear regiões e proibir qualquer movimentação e circulação de pessoas durante determinados períodos?

Não é novidade que a China foi um dos países mais afetados pela Covid-19, tanto em número de casos, em função da sua população gigantesca, quanto pelos impactos que as ações para frear a pandemia causaram na economia. Talvez por medo desses efeitos tão prejudiciais, o governo chinês vem adotando a política de Covid Zero e qualquer região do país que apresente uma elevação no número de casos da doença, mesmo que pequena, é colocada em lockdown.

Recentemente a região de Ningbo enfrentou um lockdown, que paralisou por cerca de duas semanas as operações no Terminal de Meishan. De acordo com informações extra oficiais, o lockdown foi imposto apenas porque houve a confirmação de um caso entre os funcionários do terminal. Apesar de outros terminais da região seguirem operando normalmente durante as restrições em Meishan, os impactos na logística são enormes, pois diversos navios ou deixaram de operar ou tiveram longos atrasos em suas operações. Sendo a China um dos maiores exportadores do mundo, qualquer situação como esta gera impactos em diversas cadeias produtivas ao redor do mundo e pressiona muito o mercado de fretes internacionais.

Segundo dados da CNN, no mês de setembro cerca de 300 milhões de chineses foram impactados por lockdowns em suas cidades e o que se sabe é que especialmente as regiões portuárias são foco do governo para as ações de zero circulação de pessoas. Desta forma, os fechamentos de portos, redução de pessoal nas operações de navios e congestionamento de embarcações devem ser temas que vão permanecer em alta nos noticiários de Comércio Exterior nos próximos meses.

Não se sabe até quando o governo chinês manterá essa política, mas o que se percebe é que ela não parece ter grande eficácia, pois os casos de Covid seguem ocorrendo no país. Além disso, a pressão dos setores econômicos para que as restrições diminuam pode também motivar o abrandamento desta política, uma vez que grande parte dos países do mundo sofre os efeitos da inflação que não dá trégua. 

O que temos certeza no momento, é que com fretes altos e custos operacionais logísticos em alta também em função das restrições portuárias na China e também pela busca maior pelo frete aéreo para escoamento de cargas, a dica é, sem dúvidas, buscar a maior antecipação possível para os embarques que tem a China como origem.

                                                                                             Por: Nayara Weber

 

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