O Canal do Panamá e o comércio exterior

O Canal do Panamá e o comércio exterior

Conhecido por ser uma das obras mais complexas e importantes do século XX, e também por ser um grande marco para o comércio exterior, o Canal do Panamá é até hoje uma das maiores obras já realizadas pela humanidade.

Desde o século XVI a construção do canal era muito desejada, mas sua grande complexidade fez com que a obra fosse de fato iniciada somente no ano de 1881 e desde o começo gerou grande interesse econômico. A França foi quem começou a construção, muito inspirada com a experiência francesa na obra do Canal de Suez, que foi entregue pelos franceses em 1869. Os europeus tentaram implementar as mesmas tecnologias utilizadas na recém entregue obra de Suez, para abrir o istmo que corta o Panamá, ligando o Oceano Pacífico ao Oceano Atlântico. Porém a obra no país da América Central se mostrou muito mais complexa do que a realizada no Egito, e a ideia de construir um canal ao nível do mar se mostrou impossível. Os franceses tentaram ainda a ideia de construir uma comporta, porém após a morte de cerca de 22 mil operários em função de terremotos e doenças tropicais, a França abandonou o projeto em 1889.

Após diversas jogadas políticas e econômicas, que envolveram inclusive uma revolta do Panamá contra a Colômbia, os Estados Unidos tomaram o controle da Zona do Canal do Panamá em 23 de fevereiro de 1904 por US$ 10 milhões. Os americanos contaram com a erradicação do mosquito transmissor da febre amarela, que havia vitimado milhares de franceses, bem como com a ideia de que não era possível construir um canal ao nível do mar já comprovado pelos europeus. Sendo assim, os Estados Unidos investiram na construção de um sistema de eclusas, que iriam elevar as embarcações por cerca de 26 metros até que voltassem a descer, do outro lado do canal. Este sistema levou 10 anos para ser construído e demandou 4 vezes mais material do que o projetado inicialmente, sendo que em 10 de outubro de 1913 foi finalmente inaugurado o Canal do Panamá, que foi administrado pelos Estados Unidos até 1999, quando o controle foi passado ao Panamá.

Nos anos 2000 o Canal do Panamá passou por uma importante reforma, que em 2016 entregou novas comportas, paralelas as já existentes com 427 metros de comprimento, 55 de largura e 18,3 de profundidade. Estas novas comportas permitem que navios ainda maiores possam passar pelo Canal, aumentando ainda mais a importância do mesmo, uma vez que a reformulação fez com que o canal unisse cerca de  140 rotas marítimas e 1700 portos de 160 países.

Atualmente um navio leva em média de 6 a 8 horas para atravessar o Canal do Panamá, que tem 82 quilômetros de extensão. Por ano passam pelo canal cerca de 15 mil navios, algo em torno de 5 % do comércio mundial, sendo que cada embarcação paga um pedágio, administrado pela Autoridade do Canal do Panamá. O valor do pedágio é calculado de acordo com o porte do navio e tipo de mercadoria.

                                                                                                                                                  Por: Nayara Weber

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